Direção Cristina dos Santos e Juliana Gomes

— Nós indo, vem outro por nós!

Comunidade Quilombola do Linharinho

Conceição da Barra - ES

— Chegou a hora derradeira dessa preta aqui.

“Bate no tambor, nagô,
Que eu quero brincar
Bate no tambor, nagô,
Que eu quero brincar
Eu sou Obaluaê
Das ondas do mar”

Oficina realizada de 1o de Abril a 4 de Maio de 2024

Sessão de Lançamento, 15 de Novembro de 2024

Sessão no Quintal de Miúda, 02 de Janeiro de 2025

Os Projetos Cine Quilombola e Cinema de Griô nascem a partir do desejo de estabelecer uma correspondência entre comunidades quilombolas por meio do cinema.

Esse desejo toma a forma de oficinas de cinema em quilombos do Espírito Santo que realizam curtas-metragens e produzem sessões públicas de exibição desses filmes nas comunidades em que foram feitos.

Em cada quilombo se formou um pequeno grupo, que durante três ou quatro dias trabalhou junto a nossa equipe para captar as imagens e sons que vão dar origem aos filmes.

Os filmes não partem de um roteiro prévio, mas de exercícios de criação propostos por nós, que podem ser a escrita de cartas, a contação de sonhos, etc… A partir do que cada pessoa traz de história, de memória, de invenção nasce o rumo do filme.

A figura de um diretor é dissolvida, existe um investimento e uma crença nesse modo comunitário de tomar as decisões, de exercitar a criação.

A metodologia parte de alguns princípios que têm origem no projeto Revelando os Brasis e na Pedagogia do Dispositivo. “Qualquer pessoa é capaz de contar a sua própria história através do cinema” a partir de uma tecnologia que dispara processos criativos desviando da ideia da produção de imagens como representação. Na lateralidade da troca de saberes entre uma equipe de cinema e moradores de uma comunidade quilombola, construímos um filme.