10 filmes e making ofs disponíveis

Feitos por moradoras e moradores de comunidades quilombolas do Espírito Santo e Equipe IMA

Comunidade Quilombola de Monte Alegre
Cachoeiro de Itapemirim - ES

Laurinda

Parteira e coveira desde os 12 anos, Maria Laurinda é também benzedeira, mãe de santo e mestra do Caxambu Santa Cruz; uma verdadeira rainha da Comunidade Quilombola de Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim/ES.

Ninguém Canta Igual Eu Canto

— Eu nasci aqui, meu pai nasceu aqui e minha mãe nasceu aqui. Todo mundo nasceu aqui. Esses morros eram tudo canavial, então nossos pais cortavam cana, a gente subia lá pra cima com pranchão para vir descer chiando na palha da cana que a gente secava.

Comunidade Quilombola de Pedra Branca
Vargem Alta - ES

Era Caminho Deles

— Eu sinto que eu tenho sangue do quilombo, graças a Deus. Eu tenho o sangue deles. Meus bisavós, meus tataravós, mas até agora eu não sei o que vem a ser o quilombo mesmo de verdade.

Comunidade Quilombola da Graúna
Itapemirim - ES

Do Lado de Cá

— Minha mãe me diz que o nome da nossa comunidade vem de um pássaro. Ele é tipo um corvo mas ele é bem pequenininho.

Comunidades Quilombolas de Cacimbinha e Boa Esperança
Presidente Kennedy - ES

Vamos Em Batalha

— Antigamente não existia muitas fontes de água. Então, eles faziam grande buracos que se chamavam cacimbas. Eu ouvi de uma amiga que foi o avô dela que batizou esse nome.

Comunidade Quilombola do Angelim II

Território Quilombola Sapê do Norte - Conceição da Barra/ES

Abre Caminho

Comunidades Quilombolas Córrego do Alexandre, Porto Grande e Santana

Território Quilombola Sapê do Norte - Conceição da Barra/ES

O Vento Não Tem Morada

Comunidade Quilombola do Linharinho

Território Quilombola Sapê do Norte - Conceição da Barra/ES

Os Projetos Cine Quilombola e Cinema de Griô nascem a partir do desejo de estabelecer uma correspondência entre comunidades quilombolas por meio do cinema.

Esse desejo toma a forma de oficinas de cinema em quilombos do Espírito Santo que realizam curtas-metragens e produzem sessões públicas de exibição desses filmes nas comunidades em que foram feitos.

Em cada quilombo se formou um pequeno grupo, que durante três ou quatro dias trabalhou junto a nossa equipe para captar as imagens e sons que vão dar origem aos filmes.

Os filmes não partem de um roteiro prévio, mas de exercícios de criação propostos por nós, que podem ser a escrita de cartas, a contação de sonhos, etc… A partir do que cada pessoa traz de história, de memória, de invenção nasce o rumo do filme.

A figura de um diretor é dissolvida, existe um investimento e uma crença nesse modo comunitário de tomar as decisões, de exercitar a criação.

A metodologia parte de alguns princípios que têm origem no projeto Revelando os Brasis e na Pedagogia do Dispositivo. “Qualquer pessoa é capaz de contar a sua própria história através do cinema” a partir de uma tecnologia que dispara processos criativos desviando da ideia da produção de imagens como representação. Na lateralidade da troca de saberes entre uma equipe de cinema e moradores de uma comunidade quilombola, construímos um filme.